A profissão de vendedor, ao longo dos séculos, certamente contribuiu, e muito, para o desenvolvimento da humanidade. Basta um olhar retrospectivo na evolução que fizemos como distribuidores de bens e serviços.

Nos últimos anos, temos assistido a uma mudança substancial no processo de vender. Se há poucos anos, bastava produzir e a distribuição se fazia ao natural, nos anos oitenta, a venda deveria, necessariamente, ser acompanhada de “serviço”. O 0800 passou a exercer um papel complementar, mas de fundamental importância em vendas. A palavra de ordem era prestar serviços e vendas aconteceriam.

Nos anos 2.000, o consumidor se tornou o rei e o consumo passou a definir uma identidade, adequadamente expressa por Barbara Kruger. “I shop, therefore I am”, substituindo o já surrado e desgastado “Penso, logo existo” do filósofo Descartes. Ou melhor, fundindo-se com ele, para explicitar nossa natureza e nossa necessidade primeira de consumo, seja do ar que respiramos, do alimento com que nos nutrimos, da roupa que vestimos, do sexo que praticamos.

Nos anos 2.010, novamente uma proposta ou resposta aos consumidores, tomou corpo e se instalou no cotidiano: provocar experiências. E experiências sensoriais ou, no mínimo, emocionais.

A combinação de tecnologia, concorrência e consumidor criou um cenário e ambiente, onde ocorrem transações comerciais e novos valores passaram a ser determinantes no processo de escolha e decisão.

O que virá não sabemos ainda. Mas, certamente, novas mudanças acontecerão e com maior rapidez e intensidade.

Estar preparado para elas será a chave do sucesso. E, certamente, uma destas condições, será, obrigatoriamente, colocar o cliente em primeiro lugar e o dar-lhe a perceber o valor antes do preço.

Até o próximo,

Um abraço!

Itamar Z.